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sábado, 30 de abril de 2011

TOMÁS DE AQUINO (1225-1274)

            Doutor da Igreja inverteu prioridades no pensamento medieval, dando ênfase ao mundo real e ao aprendizado pelo raciocínio. Nessa época, houve uma miscigenação cultural, com os sábios árabes adentrando à Europa. Em oposição aos princípios de Santo Agostinho (a certeza da própria existência espiritual; tirando daí uma verdade superior, imutável, condição e origem de toda verdade particular), conciliava a fé cristã com o pensamento do grego Aristóteles, o qual cristianizou através da releitura de sua obra aliado a religiosidade.
            Para ele, o conhecimento humano se dividia em dois: o sobrenatural (ou sensível), ensinado pela fé (ou captado pelos sentidos), e o natural, à luz da razão. Para Tomás, não havia contradição entre essas formas de conhecimento, pois ambas vinham de Deus.
            Foi o grande nome da filosofia escolástica (Escolástica - Corrente Filosófica que surgiu a partir da Patrística, a filosofia dos Padres da primitiva Igreja Católica. Seu principal objetivo era conciliar os dogmas da Fé com o Raciocínio ou Razão), cujo pensamento privilegiou a atividade, a razão e a vontade humana. As matérias ensinadas nas escolas medievais eram representadas pelas chamadas artes liberais, divididas em trívio - gramática, retórica, dialética - e quadrívio - aritmética, geometria, astronomia, música. A idéia, transportada para a educação, introduz um princípio pedagógico moderno e revolucionário para seu tempo: o de que o conhecimento é construído pelo estudante e não simplesmente transmitido pelo professor.
            Cada ser humano, segundo ele, tem uma essência particular, à espera de ser desenvolvida, e os instrumentos fundamentais para isso são a razão e a prudência. Esse, para Tomás de Aquino, era o caminho da felicidade e também da conduta eticamente correta. São Tomás foi um Pensador vinculado à Religião, contudo deixou clara sua aprovação à idéia desejável e benéfica de haver total separação entre Igreja e Estado, o Direito e a Moral Cristã e, óbvio, entre a Teologia e a Filosofia. Embora tenha afirmado a inteiração entre o “Teísmo Cristão” e o “Rigoroso Naturalismo de Aristóteles”, pregava a desvinculação entre as questões espirituais e as materiais.
Referência:
http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/tomas-aquino-428112.shtml
http://www.recantodasletras.com.br/ensaios/2323975

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