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sábado, 30 de abril de 2011

HUMANISMO

            Quando, no século XV, o feudalismo começa a desintegrar-se, o humanismo passa a ser a expressão de uma exigência cultural, defendida por aqueles aos quais não mais interessa manter os valores, até então em voga.
            O humanismo foi, no começo, um movimento literário. Tornou-se, depois, um movimento cultural global. Enfatizava ele o valor da razão humana. Os medievais, quando queriam justificar os valores fundamentais da civilização, recorriam à Bíblia. Agora, no fim do século XIV e início do XV, o homem burguês vai apelar para a razão.
            São cristãos, mas defendem que, antes de apelar para Deus, o homem tem de valorizar e explorar sua humanidade, sua razão, sua força natural.
            Os humanistas são homens que se dedicam aos estudos dos clássicos gregos e latinos, que defendem o valor da razão humana para descobrir a verdade; que exaltam a natureza física, a vida aqui na terra. Nada de viver pensando somente no sobrenatural no céu, em Deus. A melhor maneira do homem viver bem é tentar descobrir, com a força de sua razão, todos os segredos da natureza, para dominá-la e colocá-la a seu serviço. O humanismo, de fato, é a expressão do acontecer do homem, em confronto com o teocentrismo medieval.
            A nova cultura não vai mais centrar-se em Deus, mas no homem; e é a partir do homem que ela focalizará o cosmos, a história e o próprio Deus. E o homem é olhado, sobretudo, como razão e natureza: como natureza racional. A racionalidade da vida e da história começa a ser procurada numa dimensão de imanência.
            Tem como dimensões fundamentais o antropocentrismo e o naturalismo.
            No antropocentrismo o homem não é mais visto criatura na sua relação para com o absoluto e sim como criador ante a natureza na qual se encontra; dela se distingue, enquanto racionalidade; sobre ela deve atuar, celebrando assim a sua liberdade.
            No naturalismo os humanistas redescobrem a beleza da natureza, do corpo e da terra. A natureza não vai mais ser considerada como objeto de medo e de contemplação, mas como campo de estudos e de atuação do homem, convidado a aperfeiçoar a si mesmo. Renova-se também a concepção sobre a origem e governo da sociedade. Durante a Idade Média, vigorava concepção sacral e teológica. Agora, elabora-se teorias baseadas no instinto, na racionalidade, na lei natural, na liberdade do homem.
Referências:
http://www.webartigos.com/articles/35533/1/O-HUMANISMO-NA-EDUCACAO/pagina1.html

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