Pesquisar este blog

sábado, 30 de abril de 2011

HANNAH ARENDT (1906-1975)

Cientista política que atribuía aos adultos a responsabilidade de conduzir as crianças por caminhos que elas desconhecem, Hannah foi uma das principais pensadoras da política no século 20, mas sua obra inspira estudos em outras áreas, entre elas a educação.
Como uma filósofa interessada em particular no fenômeno do pensamento e no modo como ele opera, Arendt não poderia deixar de se ocupar do ensino.
A função da escola é ensinar às crianças como o mundo é, e não instruí-las na arte de viver, escreve Arendt. Sua argumentação é a favor da autoridade na sala de aula e sua visão educativa é assumidamente conservadora, acreditava que o aluno deve ser apresentado ao mundo e estimulado a mudá-lo.
Defendia o conservadorismo na educação, mas não na política. Segundo a pensadora, a política é uma área que pertence apenas aos adultos. Para ela, o campo político deveria se renovar constantemente, movido pelos objetivos da igualdade e da liberdade civil. Ao reivindicar a total separação entre política e educação, Hannah rejeita linhas de pensamento que partem de filósofos como Platão e Jean-Jacques Rousseau.
A preocupação com a perda da "tradição" foi o que levou Arendt a escrever sobre educação. A relação entre crianças e adultos não pode, segundo ela, ficar restrita "à ciência específica da pedagogia", já que se trata de preservar o patrimônio global da humanidade.
A obra mais difundida de Hannah Arendt origina-se de uma reportagem que lhe foi encomendada pela revista New Yorker. Ela foi enviada a Israel para cobrir o julgamento do alto burocrata nazista Adolf Eichmann. Durante o julgamento, chamou a atenção da pensadora a figura prosaica do réu. Em Eichmann, um homem de aparência equilibrada e comum, Arendt identificou alguém habituado a não pensar. Os perigos da irreflexão, como sinal de alienação da realidade, constituem um dos principais eixos de uma obra que pode trazer contribuições para a educação em muitos aspectos.
Referências:
http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/hannah-arendt-428159.shtml

CONDORCET (1743-1794)

            Matemático preconizava uma Educação que contribuísse para a liberdade de pensamento. Foi um dos últimos iluministas.
Condorcet acreditava que a perfeição só seria alcançada com a educação. Era um dos líderes ideológicos da revolução Francesa, vindo com o fim desta a ocupar uma cadeira de deputado pela cidade de Paris, na Assembléia Nacional. Ajudou a estruturar uma nova Educação. Por intermédio dele, a criação do modelo da escola do Estado - Nação: única, pública, gratuita, e universal.
Condorcet tinha uma concepção de sociedade democrática muito avançada, que incluía todas as pessoas, sem exceção. Ele foi um dos pioneiros na defesa de um ensino igual para homens e mulheres e também do voto feminino, que a maioria dos revolucionários não aceitava. Em discursos e escritos, argumentava contra a discriminação a protestantes e judeus, e pregava o fim da escravidão e o direito de cidadania dos negros.
Educação, dizia Condorcet, era uma questão política, e deveria ser para todos e oferecer a possibilidade de desenvolvimento dos talentos individuais. A sociedade justa seria baseada no mérito de cada um.
Condorcet dava à Matemática e à Ciência um peso especial e defendia que fossem aprendidas por todos.
O marquês planejou uma escolarização em graus. Cada cidade teria uma escola de primeiro grau de quatro anos. Num primeiro momento, o segundo grau ficaria a cargo de instituições em regiões - pólo, que centralizariam o atendimento. Já os poucos cursos superiores estariam nos centros mais populosos.
Referências:
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-inicial/luz-revolucao-francesa-escola-432180.shtml

O LIBERALISMO

            O liberalismo merece o nome de filosofia, pois advoga a busca pelo conhecimento e pela verdade. Em reação contra o método da autoridade, o liberalismo acredita na descoberta progressiva da verdade pela razão individual. O liberalismo é, primeiramente, uma filosofia global, que privilegia as idéias, examina os princípios, estuda os programas. Esta é a interpretação do liberalismo geralmente proposta pelos próprios liberais; é também a mais lisonjeira, mas também é uma filosofia social individualista, na medida em que coloca o indivíduo à frente da razão de Estado, dos interesses de grupo, das exigências da coletividade, não reconhecendo sequer os grupos sociais, apresenta grande dificuldade em aceitar a liberdade de associação, temendo que o indivíduo fosse absorvido, escravizado pelos grupos.
            Trata-se ainda de uma filosofia da história, de acordo com a qual a história é feita, não pelas forças coletivas, mas pelos indivíduos.
            Fundamentalmente racionalista, ele se opõe ao jugo da autoridade, ao respeito cego pelo passado, ao império do preconceito, assim como aos impulsos do instinto. O espírito deverá procurar por si mesmo a verdade, sem constrangimento, e é do confronto dos pontos de vista que deve surgir, pouco a pouco, uma verdade comum. A esse respeito, o parlamentarismo não passa de uma tradução, no plano político, dessa confiança na força do diálogo. As assembléias representativas fornecem um quadro a essa busca comum de uma verdade média, aceitável por todos.
            Podem-se entrever as conseqüências que essa filosofia do conhecimento implica: a rejeição dos dogmas impostos pelas Igrejas, a afirmação do relativismo da verdade, a tolerância.
Referências: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/liberalismo.htm

JOHN LOCKE (1632-1704)

            John Locke foi um importante filósofo inglês. É considerado um dos líderes da doutrina filosófica conhecida como empirismo e um dos ideólogos do liberalismo e do iluminismo.
            Para Locke, a busca do conhecimento deveria ocorrer através de experiências e não por deduções ou especulações. Desta forma, as experiências científicas devem ser baseadas na observação do mundo. O empirismo filosófico descarta também as explicações baseadas na fé.
Também afirmava que a mente de uma pessoa ao nascer era uma espécie de folha em branco. As experiências que esta pessoa passa pela vida é que vão formando seus conhecimentos e personalidade. Defendia também que todos os seres humanos nascem bons, iguais e independentes. Desta forma é a sociedade a responsável pela formação do indivíduo.
Na educação, compilou uma série de preceitos sobre aprendizado e desenvolvimento, com base em sua experiência de médico e preceptor, que teve grande repercussão nas classes emergentes de seu tempo.
Para Locke, o aprendizado depende primordialmente das informações e vivências às quais a criança é submetida e que ela absorve de modo relativamente previsível e passivo. É, portanto, um aprendizado de fora para dentro, ao contrário do que defenderam alguns pensadores de linha idealista.
A concepção construtivista, por exemplo, institui-se com base na relação entre sujeito e objeto, enquanto a visão lockiana enfatiza apenas o objeto. Embora considerasse que a origem de todas as idéias estava fora do indivíduo, Locke via a capacidade de entendimento como inata e variável de pessoa para pessoa.         
Locke se opunha às correntes de pensamento que encontravam no ser humano a idéia natural de Deus e noções de moral ou bondade essenciais. Tudo isso seria atingido apenas pela razão. Os princípios morais derivariam de considerações a respeito do que é vantajoso para o indivíduo e para a coletividade.   
A educação ganhava desse modo importância incontornável na formação da criança, uma vez que, sozinha, ela se encontra desprovida de matéria-prima para o raciocínio e sem orientação para adquiri-lo.
Apesar do valor que dava à racionalidade, Locke era cético quanto ao alcance da compreensão da mente. O objetivo de sua obra principal foi tentar determinar quais são os mecanismos e os limites da capacidade de apreensão do mundo pelo homem. Para Locke, as crianças não são dotadas de motivação natural para o aprendizado. É necessário oferecer o conhecimento a elas de modo convidativo - mediante jogos, por exemplo.
Locke criticou a teoria do direito divino dos reis, formulada pelo filósofo Thomas Hobbes. Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na população. Embora admitisse a supremacia do Estado, Locke dizia que este deve respeitar as leis natural e civil.       Locke também defendeu a separação da Igreja do Estado e a liberdade religiosa, recebendo por estas idéias forte oposição da Igreja Católica.
Para Locke, o poder deveria ser dividido em três: Executivo, Legislativo e Judiciário. De acordo com sua visão, o Poder Legislativo, por representar o povo, era o mais importante.
Embora defendesse que todos os homens fossem iguais, foi um defensor da escravidão. Não relacionava a escravidão à raça, mas sim aos vencidos na guerra. De acordo com Locke, os inimigos e capturados na guerra poderiam ser mortos, mas como suas vidas são mantidas, devem trocar a liberdade pela escravidão.
Referências: http://www.suapesquisa.com/biografias/john_locke.htm

FRANCIS BACON (1561-1626)

            Bacon foi para o Trinity College com doze anos e ficou três anos. Foi aí que estudou filosofia, adquirindo antipatia e hostilidade pela filosofia precedente. Não identificava nela fins práticos e achou muitos erros. Critica Aristóteles. Apesar de ter formação escolástica, essa também não lhe agradou. Ele tinha idéias de transformar a filosofia em uma coisa fértil, iluminada e a favor do bem do homem. O homem já havia sofrido demais em nome dos dogmas religiosos. Era preciso uma filosofia a favor do avanço das ciências. Bacon era um entusiasta das novas invenções, como a bússola, a arma de pólvora e a imprensa.
            Enalteceu a experiência e o método dedutivo. No entanto, lhe falta à consciência crítica do empirismo (mesmo tendo sido considerado seu precursor), que foram aos poucos conquistando os seus sucessores e discípulos. Bacon continua afirmando um mundo transcendente e cristão, considerando a filosofia como esclarecedora da essência da realidade, das formas, base e causa dos fenômenos sensíveis. É uma posição filosófica que apela para a metafísica tradicional, grega e escolástica, aristotélica e tomista, unida histórica e praticamente ao lado da nova filosofia, só que de maneira menos elaborada, acabada e consciente de si mesma. Era seu lema que se vivia melhor na vida oculta. Porém, não conseguia chegar a uma conclusão sobre se gostava mais da vida contemplativa ou da ativa; sua esperança era de ser filósofo e estadista, e dizia que o conhecimento não aplicado em ação era uma pálida vaidade acadêmica. Sua mais bela produção literária, os Ensaios (1597-1623), mostram-no ainda indeciso entre dois amores, a política e a filosofia. O único defeito do estilo de Bacon são as intermináveis metáforas aplicadas em seus textos.
            Tal como Aristóteles, Bacon dá alguns conselhos para se evitarem revoluções. Uma receita melhor para evitar as revoluções é uma distribuição eqüitativa da riqueza: “O dinheiro é como o esterco, só é bom se for espalhado”. Mas isso não significa socialismo ou, mesmo, democracia; Bacon não confia no povo, que na sua época praticamente não tinha acesso à educação. O que Bacon quer é primeiro, uma pequena burguesia de proprietários rurais; depois, uma aristocracia para a administração; e acima de todos, um rei-filósofo. Entretanto, o que interessa mais a Bacon não é esta ciência dos princípios comuns, e sim a ciência da natureza, e, portanto, o Novum organum, que deveria conter precisamente as regras para a construção da ciência da natureza. Como é sabido, Bacon reivindica, contra Aristóteles e a Escolástica, o método indutivo. Aristóteles e Tomás de Aquino afirmaram claramente este método, e até o reconheceram como único procedimento inicial do conhecimento humano; entretanto a eles interessavam muito mais as causas do que a experiência, o que transcende a experiência muito mais a metafísica do que a ciência.
Referências: http://www.consciencia.org/bacon.shtml

EMPIRISMO

            Muitas vezes ocorre o não entendimento do que está sendo lido pelo leitor (entendeu?). Obviamente, a culpa é de quem escreve. Isso acaba motivando o leitor a abandonar tal texto. Porém, nosso vocabulário é vasto e rico em expressões pouco utilizadas no nosso dia a dia. A aplicação de novos termos que façam este leitor assimilar o que está escrito, acaba melhorando o seu vocabulário e o seu conhecimento. Esse é o princípio do empirismo.            Empirismo é uma doutrina filosófica que defende a idéia de que somente as experiências são capazes de gerar idéias e conhecimentos.
            De acordo com o empirismo, as teorias das ciências devem ser formuladas e explicadas a partir da observação do mundo e da prática de experiências científicas. Portanto, este sistema filosófico descarta outras formas não científicas (fé, intuição, lendas, senso comum) como forma de geração de conhecimentos.
Referências: http://www.consciencia.org/empirismo-e-racionalismo
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/empirismo.htm

REBELAIS (1490- 1593)

            Pensou e viveu a Educação Física. Tinha uma maior preocupação com o corpo como centro da ação educativa. Saúde, beleza, resistência, mobilidade, temperança, enfim, uma série de adjetivos ligados ao corpo são alvos de um grande elogio e que trazem, conseqüentemente, uma melhora na vida social e educativa do ser humano. Colocava-se a favor da mistura das classes sociais e tinha crença no poder da educação como agente transformador do homem e da sociedade. Ele enfatiza o corpo como belo, saudável e resistente, sendo contra a ociosidade, a falta de higiene e o desregramento da alimentação.
Referências: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2003/01/23/001.htm

HUMANISMO

            Quando, no século XV, o feudalismo começa a desintegrar-se, o humanismo passa a ser a expressão de uma exigência cultural, defendida por aqueles aos quais não mais interessa manter os valores, até então em voga.
            O humanismo foi, no começo, um movimento literário. Tornou-se, depois, um movimento cultural global. Enfatizava ele o valor da razão humana. Os medievais, quando queriam justificar os valores fundamentais da civilização, recorriam à Bíblia. Agora, no fim do século XIV e início do XV, o homem burguês vai apelar para a razão.
            São cristãos, mas defendem que, antes de apelar para Deus, o homem tem de valorizar e explorar sua humanidade, sua razão, sua força natural.
            Os humanistas são homens que se dedicam aos estudos dos clássicos gregos e latinos, que defendem o valor da razão humana para descobrir a verdade; que exaltam a natureza física, a vida aqui na terra. Nada de viver pensando somente no sobrenatural no céu, em Deus. A melhor maneira do homem viver bem é tentar descobrir, com a força de sua razão, todos os segredos da natureza, para dominá-la e colocá-la a seu serviço. O humanismo, de fato, é a expressão do acontecer do homem, em confronto com o teocentrismo medieval.
            A nova cultura não vai mais centrar-se em Deus, mas no homem; e é a partir do homem que ela focalizará o cosmos, a história e o próprio Deus. E o homem é olhado, sobretudo, como razão e natureza: como natureza racional. A racionalidade da vida e da história começa a ser procurada numa dimensão de imanência.
            Tem como dimensões fundamentais o antropocentrismo e o naturalismo.
            No antropocentrismo o homem não é mais visto criatura na sua relação para com o absoluto e sim como criador ante a natureza na qual se encontra; dela se distingue, enquanto racionalidade; sobre ela deve atuar, celebrando assim a sua liberdade.
            No naturalismo os humanistas redescobrem a beleza da natureza, do corpo e da terra. A natureza não vai mais ser considerada como objeto de medo e de contemplação, mas como campo de estudos e de atuação do homem, convidado a aperfeiçoar a si mesmo. Renova-se também a concepção sobre a origem e governo da sociedade. Durante a Idade Média, vigorava concepção sacral e teológica. Agora, elabora-se teorias baseadas no instinto, na racionalidade, na lei natural, na liberdade do homem.
Referências:
http://www.webartigos.com/articles/35533/1/O-HUMANISMO-NA-EDUCACAO/pagina1.html

ERASMO DE ROTERDÃ (1469-1536)

            Geert Geertz, que depois assumiria o nome literário de Erasmo de Roterdã, anunciou o fim da predominância religiosa na educação. Defendeu a importância da leitura dos clássicos e do desenvolvimento do homem em todo o seu potencial (essência do humanismo). Defendia a liberação da criatividade e da vontade do ser humano.
            Erasmo era um símbolo de nova era. Pregou a volta dos valores cristãos originais, como a paz, enquanto o clero da Igreja acumulava fortunas e mostrava ostentação, hipocrisia e arrogância. Via nos livros um imenso tesouro cultural e o começo de boa educação, pois ensinava a interpretação crítica dos textos. A então recente invenção da impressora de tipos móveis, pelo alemão Johannes Gutenberg, entusiasmava Erasmo com a promessa de ampla circulação de textos da literatura clássica. Ele via o conhecimento dos livros como alternativa saudável à educação religiosa que recebera. Segundo Erasmo, o ensino que havia conhecido "tentava ensinar humildade destruindo o espírito das crianças".
            Outros valores renascentistas, como a exaltação da beleza e do prazer, se encontravam em profusão nos clássicos greco-romanos. Para Erasmo, esses princípios eram mais interessantes do que as abstrações da filosofia escolástica. Além disso, dizia ele, o prazer físico e o bom humor não conflitam com o cristianismo. Foi um dos primeiros autores de grande vendagem no mundo. Ele adquiriu sua fama durante o Renascimento, período em que houve um incrível despertar da arte, do pensamento e da literatura, que resgatou a Europa da escuridão intelectual vigente na Idade média.
Referências:
http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/porta-voz-humanismo-423230.shtml

MICHEL DE MONTAIGNE (1533-1592)

            Pensador Francês, Montaigne, fez de si mesmo seu grande objeto de estudo, pois pregava a interiorização, a dúvida e o contraponto com outros costumes e pontos de vista como foco para uma boa formação. Foi na última fase da Renascença que Montaigne chegou a vida adulta trazendo a dúvida e o ceticismo. O questionamento “O que sei eu?”, é primordial para que nosso conhecimento comece a ser construído a partir de uma grande dúvida, e não de uma grande certeza. Inaugurou o gênero literário denominado “ensaio”, com o propósito de contestar certezas absolutas.
            Utilizava a expressão “cabeça bem-feita” para enfatizar a necessidade do ser humano de saber articular conhecimentos, tirar conclusões, acostumar-se à aquisição e ao uso da informação – questões estas tão problematizadas pelos teóricos da educação de hoje. O homem, para ele, não era o centro do universo como queriam os renascentistas, mas um elemento ínfimo e ignorante de um todo misterioso e muito mais próximo dos animais e das plantas do que de Deus. Para Montaigne, as crianças não devem ser educadas perto dos pais, porque sua afeição torna os filhos "demasiadamente relaxados" e isso não os prepara "para a aventura da vida". O objetivo principal da educação seria permitir à criança a formulação de julgamentos próprios sem ter que aceitar acriticamente as leituras que a escola recomenda.
Refeências:
http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/investigador-si-mesmo-423126.shtml

TOMISMO

            Enquanto Sistema Filosófico, o Tomismo – tanto através do próprio São Tomás, quanto de seus seguidores – foi uma das mais importantes Correntes de Pensamento adotadas pela Escolástica, principalmente por sua tentativa de conciliar Razão e Fé. Embora tivesse sido condenado no inicio por questionar o Dogma da “Graça Divina (isto é, a “Salvação” é uma dádiva divina que não se relaciona com méritos ou deméritos de quem a recebeu), o Tomismo angariou muitos adeptos e foi de importância capital no combate ao Protestantismo quando ocorreu, no século XVI, a chamada Contra-Reforma Católica.
Referências: http://www.recantodasletras.com.br/ensaios/2323975

TOMÁS DE AQUINO (1225-1274)

            Doutor da Igreja inverteu prioridades no pensamento medieval, dando ênfase ao mundo real e ao aprendizado pelo raciocínio. Nessa época, houve uma miscigenação cultural, com os sábios árabes adentrando à Europa. Em oposição aos princípios de Santo Agostinho (a certeza da própria existência espiritual; tirando daí uma verdade superior, imutável, condição e origem de toda verdade particular), conciliava a fé cristã com o pensamento do grego Aristóteles, o qual cristianizou através da releitura de sua obra aliado a religiosidade.
            Para ele, o conhecimento humano se dividia em dois: o sobrenatural (ou sensível), ensinado pela fé (ou captado pelos sentidos), e o natural, à luz da razão. Para Tomás, não havia contradição entre essas formas de conhecimento, pois ambas vinham de Deus.
            Foi o grande nome da filosofia escolástica (Escolástica - Corrente Filosófica que surgiu a partir da Patrística, a filosofia dos Padres da primitiva Igreja Católica. Seu principal objetivo era conciliar os dogmas da Fé com o Raciocínio ou Razão), cujo pensamento privilegiou a atividade, a razão e a vontade humana. As matérias ensinadas nas escolas medievais eram representadas pelas chamadas artes liberais, divididas em trívio - gramática, retórica, dialética - e quadrívio - aritmética, geometria, astronomia, música. A idéia, transportada para a educação, introduz um princípio pedagógico moderno e revolucionário para seu tempo: o de que o conhecimento é construído pelo estudante e não simplesmente transmitido pelo professor.
            Cada ser humano, segundo ele, tem uma essência particular, à espera de ser desenvolvida, e os instrumentos fundamentais para isso são a razão e a prudência. Esse, para Tomás de Aquino, era o caminho da felicidade e também da conduta eticamente correta. São Tomás foi um Pensador vinculado à Religião, contudo deixou clara sua aprovação à idéia desejável e benéfica de haver total separação entre Igreja e Estado, o Direito e a Moral Cristã e, óbvio, entre a Teologia e a Filosofia. Embora tenha afirmado a inteiração entre o “Teísmo Cristão” e o “Rigoroso Naturalismo de Aristóteles”, pregava a desvinculação entre as questões espirituais e as materiais.
Referência:
http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/tomas-aquino-428112.shtml
http://www.recantodasletras.com.br/ensaios/2323975

REALISMO

Realismo é o nome dado às doutrinas que defendem a tese de que existe um conjunto de dados, ou um agrupamento de coisas, que estão “fora” do “espírito” humano e que, mesmo assim, podem explicar como se adquire Conhecimento e o que é o próprio Conhecimento.
            O realismo é a atitude espontânea de todo ser humano ante a pergunta que fazemos: quem existe? A essa pergunta a resposta espontânea do homem é dizer que existe este copo, esta lâmpada, este senhor, esta mesa, o sol; tudo isto existe. Pois a essa resposta espontânea que dá o ser humano à pergunta metafísica, confere Aristóteles finalmente, ao cabo de quatro séculos de meditação filosófica, a forma mais perfeita, mais completa, melhor construída e mais satisfatória que conhece a história do pensamento. Pode-se dizer que a realização da metafísica realista encontra em Aristóteles sua forma mais acabada. Esta forma vai vigorar no pensamento da humanidade até chegar outra radicalmente nova para substituí-la.
Referências: http://professorvirtual.blogspot.com/2004/09/sobre-o-realismo.html

ARISTÓTELES (384-322 a.C.)

Filósofo grego, Aristóteles é considerado o fundador da Lógica. Ao lado de Platão, Aristóteles é o pensador mais influente da filosofia ocidental de todos os tempos. Ele via na escola o caminho para a vida pública e o exercício da ética. Na escola, o princípio do aprendizado seria a imitação.         Considerava a família, como base para a sociedade e para a educação das crianças e atribuía aos governantes o dever de regular e vigiar o funcionamento das famílias. Para Aristóteles, ser feliz e ser útil à comunidade eram dois objetivos sobrepostos. Sua obra tem grande influência na Teologia cristã na Idade Média, através da releitura realizada por Tomás de Aquino.
            Freqüentou a Academia de Platão, de quem foi discípulo por 20 anos. Posteriormente foi professor do Príncipe Alexandre, da Macedônia. Quando este assumiu o trono, voltou para Atenas e fundou o Liceu, onde difundia o conhecimento através de contribuições individuais através de experiências que visavam comprovar tal conhecimento, diferente da dialética que impunha verdades incontestáveis, como a utilizada na Academia de Platão. Para ele, deve-se procurar o conhecimento por meio do “intelecto ativo”, como chama a inteligência. Uma das duas grandes inovações do filósofo em relação ao antecessor foi negar a existência de um mundo supra- real, onde residiriam as idéias. Para Aristóteles, ao contrário, o mundo que percebemos é suficiente, e nele a perfeição está ao alcance de todos os homens. A oposição entre os dois filósofos gregos – ou entre a supremacia das idéias (idealismo) ou das coisas (realismo) - marcaria para sempre o pensamento ocidental. Para ele, todas as coisas têm uma finalidade, e é isso que leva todos os seres vivos a se desenvolver de um estado de imperfeição (semente ou embrião) a outro de perfeição (correspondente ao estágio de maturidade e reprodução) mesmo sabendo que nem todos os seres conseguem concluir esse ciclo. O ser humano precisa desfrutar das condições necessárias para desenvolver o talento.
            Um dos fundamentos do pensamento aristotélico é que todas as coisas têm uma finalidade. A segunda inovação de Aristóteles foi no campo da lógica. Ele desenvolveu o silogismo que consiste de três proposições – duas premissas e uma conclusão. A observação empírica – isto é, a experiência do real – ganha, assim, papel central na concepção de ciência de Aristóteles, em contraste com o pensamento de Platão, voltado à dialética. Ensinou seus alunos dominar a retórica para serem capazes de defender qualquer ponto de vista, dependendo do interesse. Seus escritos lógicos estão reunidos no livro Organon.
            Grande parte da extensa obra de Aristóteles se perdeu e o que restou foi reorganizado (e talvez deturpado) por pensadores de outras épocas. A obra aristotélica só voltou a circular na Europa na Idade Média, por intermédio dos invasores árabes, que haviam preservado seus livros. Depois da morte de Alexandre, Aristóteles passou a ser perseguido por ter colaborado na educação do imperador macedônio. Refugiou-se em Cálcis, onde morreu em 322 a.C. Referência:
http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/aristoteles-428110.shtml
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/lugares/liceu.htm

Pensamento Pedagógico - Gupo 3

PENSAMENTO PEDAGÓGICO
           
            O pensamento do filósofo grego Sócrates (469-399 a.C.) marca uma reviravolta na história humana. Até então, a filosofia procurava explicar o mundo baseada na observação das forças da natureza. Com Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo.
            Sócrates concebia o homem como um composto de dois princípios, alma (ou espírito) e corpo. De seu pensamento surgiram duas vertentes da filosofia que, em linhas gerais, podem ser consideradas como as grandes tendências do pensamento ocidental. Uma é a idealista, que partiu de Platão (427-347 a.C.), seguidor de Sócrates. Ao distinguir o mundo concreto do mundo das idéias, deu a estas o status de realidade; e a outra é a realista, partindo de Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão que submeteu as idéias, às quais se chega pelo espírito, ao mundo real. É desta corrente que vertente, em especial, neste trabalho.

doações da turma para: sociedade Caminho de Damasco

Nossa turma: Matemática T1.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO

A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO.




PAIDÉIA: criação de meninos.o que é melhor ensinar? como ensinar? e para que ensinar?



SÉCULO VI a.C- Tradição Mítica. Grécia: as ações humanas são influenciadas pelo sobre natural(divina), através de poemas decorados e recitados em praça publica.


Nasce a filosofia: com o surgimento da escrita, moeda, lei, a pólis (novo cidadão, antes a virtude era ética, aristrocrática agora é política, igual repartição de poder) e também o aparecimento dos filosófos. A passagem do pensamento mítico para o racional e o filosófico.

PERÍODOS DA FILOSOFIA GREGA:

* Pré Socráticos: (VII e VI a.C), processo de separação entre a filosofia e o pensamento mítico- ocupam-se com questões cosmológicas.
* Socráticos: ( V e IV a.C), Socrátes e seus discipulos- Platão e Aristóteles e ainda os Sofistas.
* Pós Socráticos: ( III e II a. C), início do helenismo-surgem correntes filosoficas de estoicismo e do epicurismo.

A diferença dos Sofistas com Sócrates.


Foram os sofistas que sistematizaram e divulgaram os novos conhecimentos. Não ensinavam num local determinado, pois os sofistas como primeiros professores do ensino superior eram conferencistas itinerantes, em constantes viagens. As exibições que faziam do seu saber e do seu talento da palavra atraíam alunos, que se lhes agregavam e os seguiam de cidade em cidade, porque eles eram, acima de tudo, educadores. Ensinava sob a designação geral de «filosofia» tudo o que então se podia saber e que se não podia aprender na escola elementar: a geometria, a física, a astronomia, a medicina, as artes e técnicas e, sobretudo a retórica e a filosofia propriamente dita.
Uma das maiores diferença entre os Sofistas e Sócrates, residia no facto dos sofistas fazerem-se pagar das suas lições a preços elevados. Realmente, eram no seu tempo, os únicos mestres que podiam dispensar uma verdadeira cultura geral e formar oradores. É claro que a multidão não hesitava em troçar desses intelectuais suntuosamente vestidos, pretensiosos e pedantes, que forneciam um alvo de categoria à crítica irônica dos poetas cômicos. Sabemos que Sócrates, com o seu ideal moral e a sua exigência fundamental da verdade, se distinguia dos sofistas, que estavam mais preocupados com a eficácia prática do que com o rigor intelectual e moral.
 A filosofia dos sofistas, em virtude da situação na vida, adotou um ponto de vista egoísta-utilitário perante os problemas da atividade prática. Contra esta doutrina dos sofistas se levantou Sócrates. Para ele o homem era, como para os sofistas, a medida de todas as coisas; não, porém, o homem como indivíduo, mas o homem como espécie racional, que eleva o seu espírito à universalidade das normas morais.      
 Em salas particulares, na rua ou no ginásio, os sofistas reuniam o conjunto de estudantes, transmitiam o conhecimento e davam a preparação retórica desejada. Sócrates, no entanto, aplicava o seu método onde existissem pessoas que o quisessem ouvir e falar com ele. 



SÓCRATES (469-399 a.C.)



            Grego, nasceu em Atenas Capital da democracia e do saber. Nada deixou escrito pois tinha o método de educação o diálogo, pois achava importante o contato direto com os interlocutores. Com ele o ser humano voltou-se a si mesmo, sua preocupação em levar as pessoas por meio do auto conhecimento à sabedoria e a prática do bem. Ao eleger o diálogo como método de investigação, preocupava-se não só com a verdade, mas com o modo como chegar a ela. Quando você prepara suas aulas, costuma levar em conta a necessidade de ajudar seus alunos a desenvolver procedimentos para que possam pensar por si mesmo. Através de seus pensamentos surgiram 2 vertentes: idealismo e realismo.
A sabedoria começa pelo reconhecimento da própria ignorância.
*Ironia (perguntar, fingindo ignorar), processo negativo e destrutivo de descoberta da própria ignorância.Sócrates  demonstrava que não sabia, assim  teria que despertar e levar o interlocutor a expor suas opiniões
*É construtiva e consiste em dar à luz a novas ideias. Fazer perceber as próprias contradições levando rever conceitos e  reconstrução de seu pensamento.

IDEALISMO

            Tendência filosófica que reduz toda a existência ao pensamento. Quando concebe que o Sujeito tem um papel mais determinante que o Objeto no processo de conhecimento.unico objeto que o sujeito conhece está na mente. Tudo que o sujeito conhece são suas ideias, suas representações do mundo, sua consciência. Toma como ponto de partida para reflexão o sujeito. Onde tudo o que existe teve um sentido mental. As bases sobre as quais o idealismo é defendido são geralmente bases derivadas da teoria do conhecimento, ou seja, de uma discussão das condições que as coisas devem satisfazer a fim de que possamos ser capazes de conhecê-las. O conceito idealismo tem duas grandes acepções. Por um lado, trata-se da capacidade da inteligência para idealizar. Por outro lado, o idealismo é uma corrente filosófica que considera a ideia como sendo o princípio do ser e do conhecer.

PLATÃO (427-347 a.C)

            Previa um sistema de ensino que mobilizava toda a sociedade de ensino para formarem sábios e encontrar a virtude, era a formação do homem moral vivendo em um estado justo. Ele pensava numa educação de busca continuada da virtude, justiça e da verdade; onde a educação era responsabilidade estatal, mesma instrução para ambos os sexos e acesso universal do ensino. Não é possível ou desejável transmitir conhecimentos, mas procurar respostas, ao longo de debates de ideias.”Pense sobre o próprio pensar”. Procura explicar que o processo de conhecimento se desenvolve através da passagem do mundo das sombras e aparências (sentidos) para o mundo das ideias. O método é a dialética (contra posição de uma opinião com a crítica que podemos fazer).
*Mundo das Sombras: o homem comum dominado pelos sentidos, paixões e só alcança um conhecimento imperfeito da realidade “opinião”.
*Mundo das Ideias: quando a razão ultrapassa o mundo sensível. As ideias são mais reais que as próprias coisas.

NEOPLATONISMO

            Rejeitava o conceito do mal, acreditava-se apenas em graus de imperfeição, na carência da prática do bem. Contrariamente aos ensinamentos cristãos, não era necessário transpor as fronteiras da morte, caminhar para estágios de uma vida na espiritualidade, a fim de se conquistar uma alma perfeita e feliz. Estas virtudes podiam ser obtidas através do exercício constante da meditação filosófica. Filosofo: Plotino: as sombras nada mais eram que a carência de luz, a qual não conseguia atingi-las; mas não se podia dizer que elas tinham uma real existência.

SANTO AGOSTINHO (354-430)

O idealizador da revelação divina
Sábio cristão afirmava que o homem só tem acesso ao conhecimento quando iluminado por Deus. Embora tenha vivido nos últimos anos da Idade Antiga – que se encerrou com a queda do Império Romano, no ano de 476 –, Santo Agostinho foi o mais influente pensador ocidental dos primeiros séculos da Idade Média (476-1453). A ele se deveu a criação de uma filosofia que, pela primeira vez, deu suporte racional ao cristianismo. Com o pensamento de Santo Agostinho, a crença ganhou substância doutrinária para orientar a educação, já que a pensamento grego tinha caído em decadência. Defendia que educação e catequese se equivaliam, e estimulava obediência aos mestres o objetivo era treinar o controle das paixões para merecer a salvação. Recomenda que jovialidade, alegria, paz e brincadeiras são fundamentais. A ideia principal é que o professor mostra o caminho e o aluno adota, assim o saber brota.

REFORMA E CONTRA- REFORMA

Os jesuítas seguiram a mesma forma de pensar de Santo Agostinho colocando a igreja como a fonte de ensinamento, mas essa “escola”, que repassava os ensinamentos era para as pessoas da burguesia assim nem todos tinham acesso à educação. No contexto da contra reforma em que Lutero colocava suas ideias como reforma e diferente ao modelo aplicado por Santo Agostinho em que a igreja era o órgão maior e tinha plenos poderes para ensinar sem que fossem questionadas suas ideias, já Lutero assim tirando o poder da igreja sobre o método de educação e colocando que a educação e o saber tinham que ser acesso de todos. Abrindo essa ramificação das ideias colocando mais pensadores e filósofos a discutir o modelo de ensino. Temos neste contexto histórico da contra reforma Comênio que não aceitava o que os jesuítas estavam defendendo, pois defendia que: o ensino de tudo para todos.

JESUÍTAS

             Fundada por Inácio de  Loyolo-1491. Chegam no Brasil em 1549. Tinham um plano de estudo: Ratio Studiorium-30 conjunto de regras num manual que indicava: responsabilidade, desempenho, subordinação e todo o tipo de relacionamento dos membros da hierarquia. Conteúdo e metodologia a ser utilizada pelos professores. Os Jesuítas pregaram a obediência total à doutrina da Igreja Católica com o objetivo de catequisar.

MARTINHO LUTERO (1483-1546)

Autor do conceito de educação útil. Fundador do protestantismo e também um dos responsáveis de formular o sistema publico que serviu de modelo para a escola moderna no ocidente. Movido pela indignação e pela discordância com os costumes da igreja de seu tempo, foi responsável pela reforma protestante(cristianismo). A ideia da escola pública é para todos, organizava-se em três ciclos: fundamental, médio e superior.

DESCARTES (1596-1650)

            Discípulo dos Jesuítas, decepcionu-se com o ensinamento deles e decidiu buscar a ciência por conta própria, esforçando-se para decifrar ”o grande livro do mundo”. Sua missão era reunir todo o conhecimento humano em uma única ciência e universal. Cria um livro “Discurso do método”, para questionar o ensinamento dos jesuítas, tinha quatro regras básicas: verificar, evidenciar; analisar; sintetizar, enumerar. Defende que a dúvida é o primeiro passo para se chegar ao conhecimento, assim questionando a própria existência do próprio eu e de Deus. Tinha certeza “meus pensamentos existem”. Afirmação: Penso, logo existo, onde coloca que o pensamento é algo mais certo que a própria matéria-corporal. As filosofias posteriores assumem uma tendência idealista, onde valoriza a atividade pensante em relação ao objeto pensado.

COMÊNIO (1592-1670)

O pai da didática moderna. O filósofo tcheco combateu o sistema medieval, defendeu o ensino de "tudo para todos" e foi o primeiro teórico a respeitar a inteligência e os sentimentos da criança. A obra mais importante foi: Didática magna. “tinha que ser grande como o mundo e como estava sendo descoberto”. Mas suas idéias apresentadas e defendidas no séc. XVII consagrará no séc.XX. A prática escolar deveria imitar os processos da natureza. O professor deveria ser um profissional, não um missionário, e bem remunerado. Nas relações entre professor e aluno, seriam consideradas as possibilidades e os interesses do aluno. A organização do tempo e currículo levaria em conta os limites do corpo. Ele defendia essas ideias porque não concordava no modelo de ensino que era aplicado, não poderia ser colocada a força sem respeitar o interesse e o crescimento de cada indivíduo e sem haver os questionamentos necessários. A maior contribuição de Comênio para a educação nos dias de hoje é trazer a realidade social para a sala de aula, fazendo uso dos meios tecnológicos.

RUSSEL (1872-1970)

Foi um dos mais influentes matemáticos, filosófos que viveram no século XX. Político liberal, activista e um popularizador da filosofia. Inúmeras pessoas respeitaram Russell como uma espécie de profeta da vida racional e da criatividade. A sua postura em vários temas foi controversa. Recebeu o Nobel de Literatura de 1950, "em reconhecimento dos seus variados e significativos escritos, nos quais ele lutou por ideais humanitários e pela liberdade do pensamento".

EDUCAÇÃO PROGRESSIVA

A idéia básica de jonh Dewey sobre a educação está centrada no desenvolvimento da capacidade  de raciocínio e espírito crítico do aluno. Ela se prende em 3 noções fundamentais: progresso, educação e democracia. Para este autor, a experiência é o resultado da reflexão que o indivíduo realiza sobre a sua interação com os outros indivíduos e com o meio, reflexão esta cada vez mais ampliada à medida em que o indivíduo vive. Com isto, entende-se a “reconstrução da experiência” operada pela educação como sendo a forma a partir da qual a experiência individual seria conduzida de maneira a levá-lo a se integrar cada vez mais a seu meio social e a fazê-lo melhorar continuamente (progredir). Assim, a “Educação Progressiva” teria como principal função: “preparar o indivíduo para uma sociedade em processo constante de mudança e, simultaneamente, promover esta continua mudança social.

ESCOLA NOVA

No mundo se vivia um momento de crescimento industrial e de expansão urbana  e, nesse contexto, um grupo de intelectuais brasileiros sentiu necessidade de preparar o país para acompanhar esse desenvolvimento. Inspirados nas idéias político-filosóficas de igualdade entre os homens e do direito de todos à educação, esses intelectuais viam num sistema estatal de ensino público, livre e aberto, o único meio efetivo de combate às desigualdades sociais da nação. A Escola Nova foi um movimento de renovação do ensino na metade do séculoXX. Desenvolveu-se no Brasil sob importantes impactos de transformações econômicas, políticas e sociais. De acordo com alguns educadores, a educação deveria ser sustentada no indivíduo integrado à democracia. Para John Dewey a escola não pode ser uma preparação para a vida, mas sim, a própria vida. Assim, a educação tem como eixo norteador a vida-experiência e aprendizagem, fazendo com que a função da escola seja a de propiciar uma reconstrução permanente da experiência e da aprendizagem dentro de sua vida, uma função democratizadora de igualar as oportunidades.

DECROLY (1871-1932)

            Nasceu na Bélgica. Por essa época criou uma disciplina, a "pedotecnia", dirigida ao estudo das atividades pedagógicas coordenadas ao conhecimento da evolução física e mental das crianças.  dedicou-se apaixonadamente a experimentar uma escola centrada no aluno, e não no professor, e que preparasse as crianças para viver em sociedade, em vez de simplesmente fornecer a elas conhecimentos destinados a sua formação profissional. foi um dos precursores dos métodos ativos, fundamentados na possibilidade de o aluno conduzir o próprio aprendizado e, assim, aprender a aprender. Alguns de seus pensamentos estão bem vivos nas salas de aula e coincidem com propostas pedagógicas difundidas atualmente. É o caso da idéia de globalização de conhecimentos – que inclui o chamado método global de alfabetização – e dos centros de interesse. 

FREINET(1896-1966)

            Sul da França. Foi um critico da escola tradicional e das escolas novas. a educação deveria proporcionar ao aluno a realização de um trabalho real. Foi criador das escolas modernas. A aprendizagem através da experiência seria mais eficaz. a interação professor-aluno é essencial para a aprendizagem. Estar em contato com a realidade em que vive o aluno é fundamental. Desenvolveu atividades como: aula passeio, jornal da classe, cantinhos pedagógicos, troca de correspondências entre escolas, livro da vida.

NEILL(1883-1973)

Acreditava que a felicidade é fundamental para o desenvolvimento das crianças e esta tem origem num senso de liberdade das mesmas. Para ele, as escolas tradicionais privam de liberdade seus alunos e as consequências da infelicidade vivida pelas crianças reprimidas estão na origem da maioria dos problemas psicológicos da vida adulta. Sustentava que os jovens devem ser estimulados a aprender em um ambiente de liberdade e de responsabilidade. Ficou famoso por defender a liberdade das crianças na educação escolar. Fundador da escola Summerhill.

Ela propunha despertar a atividade infantil através do estímulo e promover a auto educação da criança colocando meios adequados de trabalho a sua disposição. Sustentava que só a criança é educadora de sua personalidade. Fundou a Casa dei Bambini (Casa das crianças), evidenciando a prevalência do aluno. Procura desenvolver o potencial criativo desde a primeira infância, associando-o à vontade de aprender – conceito que ela considerava inerente a todos os seres humanos. Sua prática se inspira na natureza o crescimento mental acompanha o crescimento biológico. Sendo que, para despertar o aprendizado, a criança deve ter acesso e estímulos a desvendar essas curiosidades, assim trabalhando com didáticas de ensino em que a criança pega , vê, toca e não tem um lugar certo para ficar ou sentar estimula o seu aprendizado. Deve haver a troca de informações. Saber o porquê das coisas.

REFERÊNCIAS.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda Aranha. Filosofando. Introdução à Filosofia. 4ª. Ed. São Paulo: Moderna.2009. p. 149-165.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda Aranha. História da Educação. 2ª. Ed. São Paulo: Moderna. 1996.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Histórias e grandes temas. 16ª.  Ed. São Paulo: Saraiva. 2006. 83-165.